sábado, 9 de janeiro de 2010

UMA GENEALOGIA DO JOVEM USUÁRIO DE CRACK

Oi pessoal,

Como o combinado na Comissão de Saúde Mental, coloquei minha dissertação no blog. Para acessá-la basta ir no link ao lado "arquivos e materiais sobre saúde mental".

Abaixo o resumo que dá uma temperatura sobre como abordei o tema nessa pesquisa.

RESUMO

Trata-se de uma genealogia do jovem usuário de crack na cidade de Santa Maria, RS. Neste sentido são problematizadas as noções com pretensões universalizantes que afetam o jovem que usa o crack. Busca-se, ainda, produzir movimentos nas discussões sobre o assunto, dando ênfase às problematizações geradas a partir do campo educacional. A escolha pelo tema se deu a partir da composição realizada entre experiências profissionais do pesquisador como gestor da Política de Saúde Mental de Santa Maria, e as discussões e abordagens realizadas no Grupo de Pesquisa Afetos Morais, vinculado ao Programa de Pós Graduação em Educação da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), voltado ao tema da violência e conflitos em relação à educação. Essa investigação é baseada na perspectiva genealógica, embasada nas elaborações de Michel Foucault. Os materiais utilizados foram documentos relativos à situação de um adolescente envolvido com a droga crack, o jovem L., coletados junto ao Juizado Regional da Infância e Juventude de Santa Maria, aos serviços de saúde do município que atendem usuários de crack, bem como reportagens de um jornal de circulação local que acompanhou sua situação. Como forma de análise genealógica, estes materiais, juntamente com outras produções sobre o tema, foram abordados conforme sugere Foucault, como uma dispersão, de modo a reduzir os efeitos de hierarquização das fontes de pesquisa e seus discursos. Para tanto, são considerados as drogas e o status hegemônico da política proibicionista a elas associadas a partir dos eixos jurídico-polícial e médico-psiquiátrico. Pergunta-se pelas potências de práticas a serem constituídas a partir do campo da educação como modo de exclusivamente por em ação uma política/pedagogia baseada em aspectos para além da proibição. Assim, essa pesquisa problematizou as práticas advindas dos saberes hegemônicos que atuam produzindo a noção de jovem usuário de crack, e possibilitou a criação de espaços para que a educação emergisse como campo autônomo a esses saberes.

Palavras-chave: Educação, jovem usuário de crack, genealogia, relações de força

Abraços e boa leitura

Douglas

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